Por que 73% das empresas

têm dificuldade em contratar e como superar o gap de qualificação

73% das empresas enfrentam dificuldade para contratar por falta de qualificação. Entenda as causas do gap de qualificação e veja estratégias práticas para superar a escassez de talentos com desenvolvimento contínuo.

Encontrar gente boa nunca foi tarefa simples, mas nos últimos anos essa busca ganhou outra dimensão. Hoje, 73% das empresas relatam dificuldade para contratar por falta de qualificação, segundo estudo da Michael Page. O dado é forte, mas não surpreende quando a gente olha para tudo o que mudou no mundo do trabalho. A sensação de escassez de talentos não tem a ver com falta de pessoas disponíveis e sim com um descompasso entre as habilidades que o mercado precisa e o que a maior parte dos profissionais teve oportunidade de desenvolver. Em outras palavras, o problema não é falta de gente, é falta de preparo.

 

Só que existe um ponto que pouca gente percebe. Se todo mundo está com o mesmo desafio, por que algumas empresas conseguem contratar, desenvolver e reter melhor do que as outras? A resposta está menos na corrida por currículos perfeitos e mais na capacidade de transformar o cenário atual em oportunidade de desenvolvimento. A leitura muda quando entendemos que 73% não é coincidência, é tendência. E tendência exige estratégia.

 

Neste artigo, vamos navegar pelo motivo real desse gap de qualificação, entender seu impacto no dia a dia das empresas e, principalmente, explorar caminhos práticos para virar o jogo.

O gap de qualificação virou regra, não exceção

Quando um número como 73% aparece repetidamente nas pesquisas, ele deixa de ser tratado como exceção e passa a ser um indicador consistente sobre o mercado. A transformação digital acelerou mudanças que já estavam em andamento e muitas profissões foram remodeladas em velocidade que nem sempre a educação formal conseguiu acompanhar. Isso gerou uma distância clara entre o que as empresas esperam e o que grande parte dos profissionais oferece hoje.

 

Esse gap de qualificação aparece em várias frentes. Há candidatos com formação técnica sólida, mas sem domínio das novas ferramentas digitais. Outros dominam a parte técnica, mas têm dificuldade em colaborar, comunicar ou lidar com ritmo acelerado de mudança. Ao mesmo tempo, muitas empresas seguem recrutando como se ainda estivessem em 2010, com processos rígidos e expectativas desalinhadas da realidade.

 

O resultado é que a oferta e a demanda não se encontram. Não por falta de pessoas, mas por falta de preparo adequado diante de um mercado completamente redesenhado.

Por que 73% enfrentam o mesmo desafio

Para entender a dificuldade de contratar, precisamos olhar para o contexto mais amplo. Há pelo menos quatro movimentos que explicam por que tantos negócios sentem a mesma dor.

Transformação digital acelerada

Nos últimos anos, empresas de todos os setores foram obrigadas a digitalizar processos, revisar modelos de negócio e incorporar novas tecnologias. Esse salto criou uma demanda intensa por habilidades digitais, analíticas e estratégicas. Habilidades que ainda não chegaram a toda a força de trabalho.

Novas profissões e novos requisitos

Funções como analista de dados, customer success, desenvolvedor full stack, especialista em growth e analista de performance se tornaram essenciais. Só que essas posições surgiram rapidamente e ainda não estão totalmente consolidadas nos currículos tradicionais. A formação não acompanha a velocidade do mundo real.

Um mercado que muda o tempo inteiro

O que era competência essencial em 2020 não necessariamente sustenta as demandas de 2025. Em alguns setores, as habilidades exigidas mudam a cada trimestre. Isso gera o que chamamos de skills gap, que é o espaço entre o que as empresas cobram e o que os profissionais tiveram oportunidade de aprender.

Expectativas desalinhadas

Muitas empresas ainda buscam o candidato pronto, experiente e alinhado a todas as demandas técnicas. Mas esse profissional praticamente não existe nas proporções que o mercado exige. A régua precisa ser ajustada para a realidade atual.

Quando juntamos tudo isso, o cenário deixa de parecer um problema isolado e passa a ser parte de uma mudança estrutural. E mudanças estruturais exigem novas estratégias de talento.

A causa raiz do problema: mismatch de competências

O gap de qualificação é um fenômeno que nasce do mismatch de competências, que é a distância entre o que as empresas procuram e o que os profissionais conseguem entregar hoje. Essa distância tem origem em três grandes fatores que se retroalimentam.

Educação desatualizada

Os modelos tradicionais de ensino não acompanham a velocidade de transformação do mercado. Esse atraso cria profissionais competentes, mas não totalmente preparados para as exigências atuais.

Recrutamento ultrapassado

Alguns processos de contratação ainda seguem padrões excessivamente rígidos e engessados, focados em experiência anterior e não no potencial de aprendizagem. Isso deixa talentos promissores de fora e reforça a sensação de falta de candidatos qualificados.

Mudança mais rápida que o ciclo de aprendizagem

Novas metodologias surgem, tecnologias evoluem, modelos de negócio se transformam e tudo isso muda as competências exigidas. O ciclo tradicional de aprendizagem não acompanha essa dinâmica.

Quando o sistema inteiro está desalinhado, o mercado percebe escassez mesmo quando há muita gente disponível. Só que disponibilidade não é sinônimo de preparo. E esse é o nó que precisa ser desatado.

O impacto nas empresas: custo, produtividade e crescimento travado

Ignorar o gap de qualificação custa caro e compromete o crescimento. Muitas empresas já sentiram esse impacto de forma clara no dia a dia.

Contratação mais cara e mais lenta

Quanto menos profissionais qualificados estão disponíveis, maior a competição. Isso aumenta o custo de atração, o tempo médio das vagas e a pressão interna para resolver rápido.

Rotatividade elevada

Quando a empresa contrata alguém que está apenas parcialmente preparado, a probabilidade de desconexão é maior. O colaborador se frustra, a empresa também e o ciclo de troca se repete.

Produtividade reduzida

O tempo para que um novo colaborador atinja performance ideal aumenta. Isso impacta rotinas, entrega e o ritmo das equipes.

Perda de oportunidades

Muitas empresas deixam de crescer não por falta de mercado, mas por falta de pessoas prontas para assumir novos desafios.

Sobrecarga dos times internos

Sem novas contratações, a demanda se acumula. E equipes sobrecarregadas produzem menos, se engajam menos e se desgastam mais.

No fim, o desafio que começa no recrutamento se espalha por toda a operação.

Como transformar o problema em oportunidade

As empresas que estão se destacando não são as que conseguem contratar mais rápido e sim as que assumem protagonismo no desenvolvimento de talentos. O futuro pertence a quem treina seus talentos. O presente também.

 

A seguir, algumas das estratégias mais eficazes para reduzir o gap de qualificação sem depender exclusivamente da contratação externa.

Upskilling e requalificação do time atual

As empresas mais competitivas investem em trilhas de aprendizagem contínua, programas de upskilling e requalificação, mentorias internas e treinamentos técnicos e comportamentais. Esse movimento prepara a equipe para os desafios reais, fortalece a cultura e reduz a necessidade de recorrer ao mercado sempre que surge uma demanda nova.

Recrutamento inclusivo e ampliação do funil de talentos

Quando a empresa amplia seu olhar e passa a considerar potencial, capacidade de aprendizagem, habilidades transferíveis e alinhamento cultural, o funil de talentos cresce. Isso abre espaço para pessoas que talvez não tenham toda a formação técnica necessária, mas têm energia e capacidade para se desenvolver.

Identificação e aceleração de talentos internos

Boa parte das respostas está dentro da própria empresa. Movimentos laterais, programas de sucessão, mapeamento de competências e planos de desenvolvimento ajudam a descobrir profissionais que podem crescer rapidamente com o apoio certo.

Cultura de aprendizagem contínua

Empresas que respiram aprendizado criam ambientes onde ninguém fica parado. Isso reduz significativamente o skills gap, prepara as equipes para desafios futuros e fortalece o engajamento.

Contratação mais estratégica e menos emergencial

Quando a empresa trabalha desenvolvimento de forma estruturada, o RH deixa de operar sempre em modo de urgência. Passa a planejar melhor, reduzir riscos, acelerar rampagem e construir times mais consistentes.

Conclusão: quem desenvolve, lidera

Se 73% das empresas enfrentam dificuldade de contratar por falta de qualificação, isso não é um obstáculo isolado. É um convite para liderar com desenvolvimento. Empresas vencedoras entendem que qualificação é diferencial competitivo e que investir em pessoas é investir em crescimento.

 

Esperar pelo candidato perfeito ficou para trás. Construir talentos dentro de casa é o que sustenta os negócios daqui para frente. E se você quiser começar esse movimento hoje, a Rheserva está aqui para ajudar. Nossa missão é conectar histórias de sucesso e isso passa por desenvolver habilidades, fortalecer equipes e preparar empresas para os desafios reais do mercado.

 

Vamos construir essa evolução juntos? Entre em contato com a nossa equipe e descubra como transformar o gap de qualificação em oportunidade de crescimento.

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