Agosto Lilás nas empresas:
como o ambiente de trabalho pode (e deve) ser um espaço seguro para todas as mulheres
- 11 min de leitura
Agosto Lilás também é tema para o RH: entenda como combater a violência contra a mulher no ambiente corporativo e promover segurança psicológica nas empresas.

Sabe aquele ditado “em briga de marido e mulher ninguém mete a colher”? Pois é. Ele tá mais do que ultrapassado. Porque violência contra a mulher não é assunto privado. E mais do que isso: ela não acontece só dentro de casa.
Ela também mora em salas de reunião, nos corredores do escritório, nos grupos de WhatsApp da empresa, nos olhares que julgam, nas piadas que diminuem, nas promoções que nunca chegam.
Agosto Lilás é o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher. E a gente acredita que essa conversa também precisa acontecer dentro das empresas. Com coragem, com escuta, com ação. Porque não dá mais pra fingir que isso não é problema nosso.
Quando a violência se disfarça de rotina
A gente pensa em violência e já imagina algo físico, escancarado, escandaloso. Mas e quando ela vem em forma de um “elogio” atravessado? De um toque sem permissão? De um silêncio quando ela tenta falar na reunião?
E quando ela nunca é escolhida pra liderar aquele projeto importante, mesmo entregando tudo sempre?
Ou quando o gestor diz: “a fulana não tem perfil pra isso”, sem dizer qual é esse perfil?
Violência no ambiente de trabalho nem sempre grita. Mas ela pesa. Dói. Adoece. E, principalmente, faz com que muitas mulheres duvidem do próprio valor.
Assédio moral, sexual, psicológico... e o tanto de coisa que é ignorada no dia a dia
Tem muito comportamento que ainda é tratado como “brincadeira”, “estilo de liderança” ou “coisa de homem que não tem filtro”. Mas vamos ser diretos: isso tem nome, e o nome é violência.
É assédio moral quando o gestor grita, humilha ou ameaça.
É assédio sexual quando um colega insiste, mesmo com o não.
É violência psicológica quando ela é constantemente diminuída, interrompida ou colocada em dúvida.
E pior: quando a empresa não faz nada, vira cúmplice. E isso acontece mais do que a gente gostaria de admitir.
“Mas nunca aconteceu aqui”. Será mesmo?
Talvez nunca tenha chegado até você. Mas isso não significa que não aconteceu.
Muitas mulheres não denunciam por medo, por vergonha, ou porque já sabem que ninguém vai fazer nada. E isso é o mais perigoso: quando a cultura da empresa silencia, ou normaliza.
Por isso, se sua empresa não tem canal de escuta, política clara, liderança preparada e espaço seguro pra falar sobre isso… tem alguma coisa errada aí.
Cultura organizacional: a chave está (também) aí
A cultura da empresa aparece nas pequenas coisas. No que se tolera, no que se ignora, no que se repete.
Empresas que realmente querem ser seguras pra todas as pessoas precisam:
- Falar sobre o assunto, mesmo que seja desconfortável
- Revisar suas políticas, práticas e linguagem
- Treinar lideranças pra lidar com o humano (porque gente cuida de gente)
- Ter escuta ativa, canal de denúncia e ações reais, não só post bonito no Instagram em agosto.
É como a gente sempre fala aqui na Rheserva: cultura não é o que está escrito na parede. É o que se vive no dia a dia.
Liderança não é licença pra abusar
A gente já viu (muito) líder que usa o cargo pra gritar, constranger, fazer “piadinha”, pressionar até o limite. E o pior? Tem empresa que chama isso de “pulso firme”.
Não é.
É falta de preparo, falta de empatia e, sim, violência.
Formar lideranças conscientes, que saibam lidar com pessoas de forma ética e respeitosa, é um passo fundamental. Porque a segurança psicológica começa no olhar da liderança.
RH: você está pronto pra essa conversa?
RH não pode mais ser só o departamento que organiza férias e folha de pagamento. Ele precisa ser agente de mudança.
Isso significa:
- Mapear riscos culturais
- Ficar atento aos sinais (mesmo os mais sutis)
- Escutar de verdade
- Criar políticas claras e aplicáveis
- Lembrar que sua função também é proteger, acolher e cuidar
Se você está no RH, sabe: não é uma área pra quem foge de conflitos. É pra quem constrói pontes.
E onde a Rheserva entra nessa conversa toda?
A gente tá nesse jogo há quase duas décadas. Já viu de perto empresas que fecharam os olhos pra essa pauta. E já ajudou várias a abrirem os olhos, o coração e as portas pra mudança.
Nosso trabalho é ajudar empresas a:
- Diagnosticar o clima e perceber o que está “debaixo do tapete”
- Desenvolver lideranças mais humanas e preparadas
- Implantar políticas de escuta, canais de denúncia e ações de acolhimento
- Trabalhar cultura organizacional de forma viva e prática.
Tudo isso com um time apaixonado por gente e comprometido com segurança, respeito e transformação.
Pra encerrar: agosto passa, mas o compromisso precisa ficar
O Agosto Lilás é um lembrete. Um chamado. Um convite pra fazer diferente.
Mas a verdade é que não adianta pintar o logo de roxo por um mês e voltar à rotina como se nada tivesse acontecido. Segurança pra mulheres não pode ser uma ação pontual. Tem que ser parte do jeito de ser da empresa.
E a gente tá aqui pra ajudar você a tornar isso possível. Porque conectar histórias de sucesso também é garantir que essas histórias não sejam marcadas pela dor, pelo silêncio ou pela violência.
Conta com a gente nessa?
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