Orçamento de Pessoal

Como transformar seu maior custo em motor de crescimento

Aprenda a medir o ROI em capital humano e tomar decisões baseadas em dados. Rheserva e Inup mostram como transformar investimentos em resultados financeiros.

Aperte o play e ouça este artigo com calma, onde e quando quiser.

Aqui vai um dado que merece sua atenção: 93% das empresas brasileiras pretendem investir em capacitação e desenvolvimento de liderança em 2025. Parece animador, certo? O problema é que a maioria delas ainda não sabe como planejar financeiramente esses investimentos.

O resultado é previsível. Dinheiro gasto sem retorno, expectativas frustradas e gestores que perdem credibilidade quando precisam justificar gastos com RH para a diretoria. A diferença entre empresas que crescem investindo em pessoas e aquelas que apenas gastam está no planejamento financeiro estratégico.

E foi justamente pensando nesse desafio que unimos aqui a visão da Rheserva Consultoria, especializada em gestão de pessoas, e da Inup Contabilidade, referência em contabilidade estratégica. O objetivo é mostrar como integrar perspectivas pode ajudar empresas a tratar o orçamento de pessoal como motor de crescimento, e não apenas como centro de custo.

Por que o orçamento de pessoal é estratégico para sua empresa

Os custos com pessoal costumam representar de 40% a 70% do orçamento total de uma empresa. Estamos falando do maior centro de custo, mas também da maior oportunidade de otimização e crescimento.

 

Então, por que tantas empresas tratam esse orçamento de forma amadora?

 

A explicação é clara: falta integração entre RH e área financeira. Quando essas áreas trabalham de maneira isolada, o RH faz pedidos sem justificativa financeira robusta e o Financeiro corta gastos sem compreender o impacto estratégico. O resultado é uma relação de perde-perde que trava o crescimento.

 

Empresas que entendem a importância do orçamento de pessoal ganham previsibilidade, utilizam melhor seus recursos e conseguem atrair, desenvolver e reter talentos de forma muito mais eficiente.

O custo real da falta de planejamento

Vamos falar de números concretos.

 

Um turnover não planejado custa, em média, 150% do salário anual do colaborador. Ou seja, se um analista recebe R$ 5.000 mensais, sua saída custa aproximadamente R$ 112.500 (considerando rescisão, recrutamento, treinamento do substituto e perda de produtividade).

 

Horas extras descontroladas podem aumentar a folha em até 25%. Para uma folha de R$ 500.000, isso representa um desperdício de R$ 125.000 por mês.

 

Contratações emergenciais custam em torno de 40% a mais do que processos planejados, além de, muitas vezes, resultarem em admissões de menor qualidade.

 

Sem planejamento, o dinheiro escorre pelos dedos.

Os benefícios de um planejamento estruturado

Empresas que estruturam bem o orçamento de pessoal colhem vantagens diretas:

 

  •       Previsibilidade financeira, que permite antecipar cenários e se preparar para mudanças de mercado.
  •       Otimização de recursos, garantindo que cada real investido em pessoas gere retorno mensurável.
  •       Vantagem competitiva, já que conseguem atrair e desenvolver talentos de forma mais eficiente que a concorrência.
  •       Resiliência em crises, pois empresas organizadas conseguem crescer mesmo em períodos de instabilidade.

Metodologia para calcular os custos com pessoal

A maioria das empresas subestima os custos com pessoal em cerca de 30 a 40%. Isso acontece porque muitos componentes são deixados de lado.

 

É justamente aqui que a visão integrada de RH e contabilidade faz diferença. Nos projetos que conduzimos, vemos que os erros mais comuns acontecem nos detalhes que não são considerados. Por isso, contar com contabilidades especializadas, como a Inup Contabilidade, pode garantir cálculos mais precisos e decisões mais seguras.

Componentes principais do custo total

Salários e variáveis

Inclui salário base, comissões, bônus, 13º salário (8,33% mensais), férias acrescidas de 1/3 (11,11% mensais) e participação nos lucros, quando houver.

Encargos obrigatórios

(em média, 28% do salário)

Inclui salário base, comissões, bônus, 13º salário (8,33% mensais), férias acrescidas de 1/3 (11,11% mensais) e participação nos lucros, quando houver.

Benefícios Coporativos

Vale-transporte, vale-alimentação, plano de saúde, odontológico e seguro de vida. O custo médio varia de R$ 800 a R$ 1.500 por colaborador.

Custos indiretos

 (aproximadamente 15%)

Englobam equipamentos, tecnologia, espaço físico, treinamentos, licenças de software, uniformes e materiais.

Fórmula prática

salário bruto 

encargos (28%) 

benefícios 

+ custos indiretos (15%)

Custo total mensal

Exemplo:

 

  • Um analista com salário de R$ 5.000 terá:
  • Salário bruto: R$ 5.000
  • Encargos (28%): R$ 1.40
  • Benefícios: R$ 1.200
  • Custos indiretos (15%): R$ 1.140
  • Total mensal: R$ 8.740
  • Total anual: R$ 104.880

 

Na prática, cada R$ 1,00 de salário custa cerca de R$ 1,75 para a empresa.

Multiplicadores por nível hierárquico

  • Operacional: 1,6 vezes o salário base
  • Tático: 1,8 vezes o salário base
  • Estratégico: 2,2 vezes o salário base

 

Quanto maior a senioridade, maiores os custos proporcionais.

Como alinhar investimentos em RH às metas financeiras

Investir em pessoas é importante, mas investir sem medir retorno é apenas gasto. O verdadeiro desafio é direcionar cada real para gerar impacto mensurável.

ROI em capital humano

Empresas que utilizam people analytics aumentam a produtividade em até 35%, justamente porque tomam decisões com base em dados.

 

Fórmula prática do ROI em treinamentos:

ROI = (resultado obtido – investimento) ÷ investimento × 100

Exemplo: se uma empresa investe R$ 50.000 em um programa de liderança e obtém ganhos de R$ 200.000 em produtividade no primeiro ano, o ROI é de 300%.

Indicadores essenciais

  • Redução de turnover
  • Aumento da produtividade por colaborador
  • Diminuição do absenteísmo
  • Melhoria da qualidade dos entregáveis
  • Redução de retrabalho

Orçamento base zero

Ao invés de apenas ajustar o orçamento do ano anterior, cada investimento deve ser justificado do zero.

 

Contratações, treinamentos e benefícios precisam ser avaliados pelo seu potencial de retorno. Essa metodologia costuma eliminar de 20 a 30% dos gastos desnecessários, liberando recursos para iniciativas de maior impacto.

 

Nesse processo, a análise contábil pode oferecer o respaldo necessário para que as decisões tenham base sólida em dados e em regras fiscais.

Indicadores e ferramentas de controle

Você não pode gerenciar o que não mede. Estes são os 7 KPIs que realmente importam:

 

  •       Custo total por colaborador
  •       ROI de treinamentos
  •       Taxa de turnover
  •       Folha de pagamento em relação ao faturamento
  •       Tempo médio de recrutamento
  •       Eficiência das horas extras
  •       Custo per capita de benefícios

Tecnologia e sistemas integrados

A integração entre sistemas de RH, ERP e contabilidade é fundamental. Empresas que conseguem conectar essas áreas ganham vantagem competitiva significativa.

 

Quando isso acontece, a empresa elimina retrabalhos, reduz erros, ganha visibilidade em tempo real e toma decisões mais ágeis. É nesse ponto que o olhar conjunto de especialistas em RH e contabilidade, como o da Inup, pode enriquecer a gestão.

Tendências para 2026

Trabalho híbrido: gera economia de 20 a 30% em infraestrutura, mas aumenta de 15 a 25% os custos com tecnologia e home office.

Inteligência Artificial: melhora previsões de turnover, necessidades de contratação e ROI de treinamentos com até 40% mais precisão.

ESG: diversidade, saúde mental e impacto social já são critérios obrigatórios para atrair talentos e investidores.

 

Orçamento de pessoal estratégico não é luxo, é necessidade. Empresas que dominarem essa prática terão uma vantagem competitiva difícil de ser copiada.

Este conteúdo foi desenvolvido a partir da troca entre a Rheserva Consultoria e a Inup Contabilidade, unindo perspectivas complementares sobre gestão de pessoas e gestão contábil.

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