Orçamento de Pessoal
Como transformar seu maior custo em motor de crescimento
- 11 min de leitura
Aprenda a medir o ROI em capital humano e tomar decisões baseadas em dados. Rheserva e Inup mostram como transformar investimentos em resultados financeiros.

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Aqui vai um dado que merece sua atenção: 93% das empresas brasileiras pretendem investir em capacitação e desenvolvimento de liderança em 2025. Parece animador, certo? O problema é que a maioria delas ainda não sabe como planejar financeiramente esses investimentos.
O resultado é previsível. Dinheiro gasto sem retorno, expectativas frustradas e gestores que perdem credibilidade quando precisam justificar gastos com RH para a diretoria. A diferença entre empresas que crescem investindo em pessoas e aquelas que apenas gastam está no planejamento financeiro estratégico.
E foi justamente pensando nesse desafio que unimos aqui a visão da Rheserva Consultoria, especializada em gestão de pessoas, e da Inup Contabilidade, referência em contabilidade estratégica. O objetivo é mostrar como integrar perspectivas pode ajudar empresas a tratar o orçamento de pessoal como motor de crescimento, e não apenas como centro de custo.
Por que o orçamento de pessoal é estratégico para sua empresa
Os custos com pessoal costumam representar de 40% a 70% do orçamento total de uma empresa. Estamos falando do maior centro de custo, mas também da maior oportunidade de otimização e crescimento.
Então, por que tantas empresas tratam esse orçamento de forma amadora?
A explicação é clara: falta integração entre RH e área financeira. Quando essas áreas trabalham de maneira isolada, o RH faz pedidos sem justificativa financeira robusta e o Financeiro corta gastos sem compreender o impacto estratégico. O resultado é uma relação de perde-perde que trava o crescimento.
Empresas que entendem a importância do orçamento de pessoal ganham previsibilidade, utilizam melhor seus recursos e conseguem atrair, desenvolver e reter talentos de forma muito mais eficiente.
O custo real da falta de planejamento
Vamos falar de números concretos.
Um turnover não planejado custa, em média, 150% do salário anual do colaborador. Ou seja, se um analista recebe R$ 5.000 mensais, sua saída custa aproximadamente R$ 112.500 (considerando rescisão, recrutamento, treinamento do substituto e perda de produtividade).
Horas extras descontroladas podem aumentar a folha em até 25%. Para uma folha de R$ 500.000, isso representa um desperdício de R$ 125.000 por mês.
Contratações emergenciais custam em torno de 40% a mais do que processos planejados, além de, muitas vezes, resultarem em admissões de menor qualidade.
Sem planejamento, o dinheiro escorre pelos dedos.
Os benefícios de um planejamento estruturado
Empresas que estruturam bem o orçamento de pessoal colhem vantagens diretas:
- Previsibilidade financeira, que permite antecipar cenários e se preparar para mudanças de mercado.
- Otimização de recursos, garantindo que cada real investido em pessoas gere retorno mensurável.
- Vantagem competitiva, já que conseguem atrair e desenvolver talentos de forma mais eficiente que a concorrência.
- Resiliência em crises, pois empresas organizadas conseguem crescer mesmo em períodos de instabilidade.
Metodologia para calcular os custos com pessoal
A maioria das empresas subestima os custos com pessoal em cerca de 30 a 40%. Isso acontece porque muitos componentes são deixados de lado.
É justamente aqui que a visão integrada de RH e contabilidade faz diferença. Nos projetos que conduzimos, vemos que os erros mais comuns acontecem nos detalhes que não são considerados. Por isso, contar com contabilidades especializadas, como a Inup Contabilidade, pode garantir cálculos mais precisos e decisões mais seguras.
Componentes principais do custo total
Salários e variáveis
Inclui salário base, comissões, bônus, 13º salário (8,33% mensais), férias acrescidas de 1/3 (11,11% mensais) e participação nos lucros, quando houver.
Encargos obrigatórios
(em média, 28% do salário)
Inclui salário base, comissões, bônus, 13º salário (8,33% mensais), férias acrescidas de 1/3 (11,11% mensais) e participação nos lucros, quando houver.
Benefícios Coporativos
Vale-transporte, vale-alimentação, plano de saúde, odontológico e seguro de vida. O custo médio varia de R$ 800 a R$ 1.500 por colaborador.
Custos indiretos
(aproximadamente 15%)
Englobam equipamentos, tecnologia, espaço físico, treinamentos, licenças de software, uniformes e materiais.
Fórmula prática
salário bruto
encargos (28%)
benefícios
+ custos indiretos (15%)
Exemplo:
- Um analista com salário de R$ 5.000 terá:
- Salário bruto: R$ 5.000
- Encargos (28%): R$ 1.40
- Benefícios: R$ 1.200
- Custos indiretos (15%): R$ 1.140
- Total mensal: R$ 8.740
- Total anual: R$ 104.880
Na prática, cada R$ 1,00 de salário custa cerca de R$ 1,75 para a empresa.
Multiplicadores por nível hierárquico
- Operacional: 1,6 vezes o salário base
- Tático: 1,8 vezes o salário base
- Estratégico: 2,2 vezes o salário base
Quanto maior a senioridade, maiores os custos proporcionais.
Como alinhar investimentos em RH às metas financeiras
Investir em pessoas é importante, mas investir sem medir retorno é apenas gasto. O verdadeiro desafio é direcionar cada real para gerar impacto mensurável.
ROI em capital humano
Empresas que utilizam people analytics aumentam a produtividade em até 35%, justamente porque tomam decisões com base em dados.
Fórmula prática do ROI em treinamentos:
ROI = (resultado obtido – investimento) ÷ investimento × 100
Exemplo: se uma empresa investe R$ 50.000 em um programa de liderança e obtém ganhos de R$ 200.000 em produtividade no primeiro ano, o ROI é de 300%.
Indicadores essenciais
- Redução de turnover
- Aumento da produtividade por colaborador
- Diminuição do absenteísmo
- Melhoria da qualidade dos entregáveis
- Redução de retrabalho
Orçamento base zero
Ao invés de apenas ajustar o orçamento do ano anterior, cada investimento deve ser justificado do zero.
Contratações, treinamentos e benefícios precisam ser avaliados pelo seu potencial de retorno. Essa metodologia costuma eliminar de 20 a 30% dos gastos desnecessários, liberando recursos para iniciativas de maior impacto.
Nesse processo, a análise contábil pode oferecer o respaldo necessário para que as decisões tenham base sólida em dados e em regras fiscais.
Indicadores e ferramentas de controle
Você não pode gerenciar o que não mede. Estes são os 7 KPIs que realmente importam:
- Custo total por colaborador
- ROI de treinamentos
- Taxa de turnover
- Folha de pagamento em relação ao faturamento
- Tempo médio de recrutamento
- Eficiência das horas extras
- Custo per capita de benefícios
Tecnologia e sistemas integrados
A integração entre sistemas de RH, ERP e contabilidade é fundamental. Empresas que conseguem conectar essas áreas ganham vantagem competitiva significativa.
Quando isso acontece, a empresa elimina retrabalhos, reduz erros, ganha visibilidade em tempo real e toma decisões mais ágeis. É nesse ponto que o olhar conjunto de especialistas em RH e contabilidade, como o da Inup, pode enriquecer a gestão.
Tendências para 2026
Trabalho híbrido: gera economia de 20 a 30% em infraestrutura, mas aumenta de 15 a 25% os custos com tecnologia e home office.
Inteligência Artificial: melhora previsões de turnover, necessidades de contratação e ROI de treinamentos com até 40% mais precisão.
ESG: diversidade, saúde mental e impacto social já são critérios obrigatórios para atrair talentos e investidores.
Orçamento de pessoal estratégico não é luxo, é necessidade. Empresas que dominarem essa prática terão uma vantagem competitiva difícil de ser copiada.
Este conteúdo foi desenvolvido a partir da troca entre a Rheserva Consultoria e a Inup Contabilidade, unindo perspectivas complementares sobre gestão de pessoas e gestão contábil.
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